É difícil entender, mas uma hora vai.
Uma hora a autocrítica entra lá na cabeça e se expande pro coração e pro corpo tudo, tal qual uma luz que ilumina e explica tudo o que somos e o que iremos ser. Quem iremos ser.
Todos e todas nós nos tornamos quem queremos ser, se tentarmos. Não é difícil, tampouco impossível. É o que tem que ser. Pra harmonia do mundo e dos astros e pá. Pra o bem da gente mesmo.
E existe uma luz, uma luz que pode ser da cor que você quiser, te levando pra o lado certo e voce insiste em ir pro errado, qual o problema das pessoas? Talvez tenha sido apagada, retirada, talvez a luz seja os animais, abandonados feito gente pelas ruas.
Eu queria, eu, mudar o mundo. Mas descobri nos bichos que as doses homeopáticas que minha mãe sempre me receitou eram pra tudo mesmo. A gente tem que ir devagar, respirando devagar, ou se afoga.
A gente passa tanto tempo olhando pra trás e não vê a cultura sendo escrita e a história sendo refeita dia a dia. A gente se importa com diploma, com papel, com coisas tão pequenas.. quando poderíamos nos importar com o mundo e com o próximo.
A religião pode até ser o droga do povo. Mas diante de um mundo desses, que mal tem numa fuga passageira?
Sou Camaleoa
Primeiro eu vi Zelig. Aí passei a não gostar muito da referência a Woody Allen, porque não tá certo um pai casar com sua filha, de sangue ou não. Então virei camaleoa, porque era isso o que zelig era. É isso que eu sou.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
terça-feira, 27 de maio de 2014
PZ: As Pontes de Madison partindo corações
Na primeira vez em que assisti As
Pontes de Maddison, eu lembro de ter ficado meio inconformada. Acho que com o
rumo das coisas acabou me deprimindo e fazendo com que meu eu adolescente
ficasse insatisfeito em ver a perpetuação de uma vida tão triste, incompleta e
que deixava a desejar, como era a da personagem de Meryl Streep, Francesca.
No comecinho do filme, eu nem
lembrava, a gente tem os filhos dela recebendo instruções de testamento e acabam
encontrando diários relatando um momento da vida dela que desconheciam por
completo, que foi quando o personagem de Clint Eastwood, Robert Kincaid, passou
por sua vida. A gente vai acompanhando a história junto com os filhos e tenta
entender o começo e o fim desse caso de amor. (essa parte dos filhos é mais
chatinha e descartável, meio que interrompendo a magnitude toda da coisa, não
sei).
A gente logo entende que foi um
romance bem real e promissor, ao mesmo tempo que passageiro e duradouro. Francesca,
uma dona de casa que mora sabe deus onde num interiorzinho e que tem sua vida
apagada e ausente de vontades em favor de dois filhos já crescidos e seu
marido. Entra em sua vida, bem avassalador, completamente encantador, exatamente
no tempo em que sua família faz uma breve viagem e ela fica em casa só, o
personagem de Eastwood, um fotógrafo meio perdido que procurava as tais pontes
de Maddison do título. Como boa pessoa que é, e com o início de uma curiosidade
que vai crescendo ao longo do filme, Francesca o ajuda a encontrar seu caminho
e os dois iniciam uma amizade que vai se aprofundando rápida e naturalmente.
É fascinante assistir à
personagem de Meryl Streep, deixando transparecer
uma eterna e meio que ingênua, até infantil, vontade de vivenciar, ainda que por contos, a vida daquele homem que
mal conhece unida a um sentimento de culpa por, ainda que negue para ele e para
si mesma, sentir-se infeliz com a vida que tem. Os olhos dela brilham a cada
palavra de Eastwood, desejando desesperadamente sair daquela cidadezinha sem
nada e se teletransportar para todos os lugares visitados por ele, de ter
aquela liberdade, aquela falta de compromisso e obrigações com a vida. Com o
tempo (que é bem curto) Francesca começa a criar outra ansiedade, agora em
relação ao significado daquilo tudo e o que seria dela.
É devastadora essa história, isso que é. O filme rasga o
coração da pessoa de diálogo em diálogo, destruindo ele pra todo o sempre com a
cena final dos dois. As atuações tanto de Meryl Streep quanto de Clint Eastwood
envolvem e convencem a cada argumento e cada sentimento destrinchado em tela. São
performances sutis e naturais. Parece uma dança, dos dois, desde o
momento em que ela se dá conta do que sente, ou talvez antes mesmo, durante
todas as suas inseguranças e incertezas, até o finalzinho. Tem algo nos dois
que tira o cliché da história, tira a melosidade, tira a ridícula perfeição de
uma história de amor e a transforma no perfeito romance imperfeito. E me vejo aceitando,
junto aos dois, tal romance como foi. Assim... um pouco indignada, como o meu
eu adolescente. Mas conformada, convencida. Em parte. Em parte.
Título original: The Bridges of Madison County
Diretor: Clint Eastwood
Baseado no livro de Robert James
Waller, Roteiro de Richard LaGravenese
Com: Clint Eastwood e Meryl Streep
IMDB diz que é um
drama/romance. Umrum, basicamente.
Quote: “This kind of certainty comes but just
once in a lifetime”.
Quote2: “The old dreams were good dreams; they
didn't work out, but glad I had them”.
Quote3: “I realized love won't obey our
expectations, it's mystery is pure and absolute”.
Quote4: “And in that moment, everything I knew
to be true about myself up until then was gone. I was acting like another
woman, yet I was more myself than ever before”.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
PZ: Gigolô Americano (começoooou!)
Foi médio uma coincidência esse
ser o primeiro filme do PZ (vou ter que começar a abreviar). Primeiro porque
caiu mesmo na semana em que eu tava fazendo lá pro site a lista de nu frontais
e, consequentemente, minha irmã me sugerindo esse filme como uma das
alternativas. Só que eu não tinha visto. Cabou que esse foi o filme que caía
mesmo hoje e eu decidi seguir em frente, seguindo todos os sinais da vida, como
gosto de fazer.
Esse é o segundo filme que eu
vejo com um Richard Gere novinho, apesar de eu já ter conhecido ele de cabelos
brancos, arrancando suspiros com seu ar galã. E eu, que o amava como cavalheiro
andante da prostituta vivida por Julia Roberts em Uma Linda Mulher, descubro que é ele o prostituto da vez em Gigolô Americano. Só que enquanto lá, Vivian era uma fudida, aqui Julian tem tudo do bom e do melhor,
desfrutando da melhor vida possível, enquanto acompanha velhinhas na vida e na
intimidade.
Eu tava pensando que o filme não ia
poder durar muito, mas a trama até que se desenvolve quando a calmaria da vida
dele acaba e ele tem seu nome envolvido no assassinato de uma cliente que ele
foi atender. Mas o charme de Richard Gere e a história não foram suficientes
pra me sustentar muito viva nesse filme. E olhe que rolou um nu lateral. Não há
o que reclamar da delícia que é assistir ao personagem dele desfilar todo
maravilhoso filme afora, que é algo bem recorrente durante todo o filme, mas a
mulherzinha que arrumaram pra ser o par dele e a história dela com ele... é das
mais batidas, apelativas e sem graças. Não tem trama suficiente, além de ela
não convencer. O fim foi se apressando, a história não foi conseguindo
finalizar e era o tempo todo fade out, fade out, fade out. Lembrava as pausas
de Law and Order, e isso não é um elogio.
Uma tristeza que esse foi o
primeiro filme oficial do Projeto Zelig, mas ao menos eu comecei, o que já é um
avanço. E pelo menos eu me diverti com um Richard Gere gatinho, apesar de
queeee eu tinha acabado de assistir a Praia do Futuro e foi bem mais legal e
proveitoso, em todos os aspectos.
Título original: American Gigolo
Roteiro e Direção: Paul Schrader
Com: Richard Gere, Hector Elizondo (tão novoooo! eterno coadjuva com um ar meio chique, que ele nem tem aqui. Tá, inclusive, em Uma Linda Mulher)
IMDB diz: Crime, Drama, Thriller. Eu achei uma espécie de um romance bem meia-boca, nada de drama, com um pinguinho de tensão.
Quote: "How many languages do you speak?" "Five or six". "Plus the, uh, international language?" "That's right".
domingo, 18 de maio de 2014
Projeto Zelig: Quase lá! Regras (flexíveis) do jogo.
Bom, achei o calendário com 365
dias de filmes (366 porque inclui um pro ano bissexto!) e descobri que ele não
é lá o grande senhor dos filmes-que-todo-mundo-tem-que-ver. Dei uma folheada
rápida, fiquei descontente e tentei voltar pra internet, a fim de achar algo
similar (e acabei descobrindo que altas galeras fazem o desafio-julia-e-julie/Zelig,
só que chamam de outro nome, mas tudo bem). Acabei não achando nada que me
guiasse direitinho e acho que é melhor eu me manter focada no calendário de
papel que eu tenho mesmo, pelo menos tenho um roteiro.
O nome dele é Nights at the
Movies, page a day calendar, as indicações são do Videohound Golden Movie Retriever
(?!) e o calendário é de 2004. São 10 anos de cinema ignorados, mas depois eu
me atualizo de lá pra cá, já que meu maior interesse está nos clássicos antigos.
Bom, mesmo o calendário sendo um
guia, fiquei na dúvida pra descobrir por onde começar. Quando fui ver o
primeiro filme do ano colocado por ele, tem Homem-Aranha, de Sam Raimi, e
apesar de eu realmente precisar rever e o timing ser muito lindo, já que acabei
de assistir ao Espetacular Homem Aranha 2, achei uó começar por ele. Pouco
Poético. Resolvi que começarei pelo meio e de vez em quando darei uma volta pro
começo, pra ver se consigo completar todos eles. Sem pressa. Maratonas não tem
tempo pra terminar assim e eu não tenho também o tempo de ser tão louca.
O calendário faz uma escala de
filmes de uma ~latida~ (acho que pra justificar o nome Golden Movie Retriever) a
4 ossos. Eu ainda não sei se vou encarar filmes que só ganharam latidas ou meio
osso, porque eu não decidi fazer um projeto-martírio. Então talvez uma das
regras do jogo seja eu escolher um do começo do ano quando me deparar com um
assim. Eu já vi que Escorpião Rei mesmo tá na lista e me recuso! Mas, a depender do
dia, vai que eu encaro uma trasheza? O que será, será.
PS: Agora que vi! O calendário me
dá dois filmes por dia, meio interligados. Bom saber.
PS2: Outra coisa que acabei de
descobrir foi o site online (que parou de ser atualizado em 2011) desse Golden
Movie Retriever e que tem uma lista de 100 filmes must-see. E agora? Eu odeio
quando me aparecem mil decisões a serem feitas até pra algo banal! Vejo os 100
must-see ou sigo o calendário?
PS3: Vou aperfeiçoando esse
projeto com o tempo, por ora decidi que PELO MENOS um must-see por semana eu
devo ver. quarta-feira, 14 de maio de 2014
Projeto Zelig: Ainda no aquecimento CineDureza clima de faroeste: Hombre
A vibe cinedureza não sai de nós
e acabamos assistindo um road-movie-faroeste também antigão, Hombre. É com um
--- novinho e super gatinho – Paul Newman silencioso e reservado, que já mostra
a que veio no comecinho do filme, quando bota em seu devido lugar uns caubóis (?)
imbecis que tão fazendo bullying em dois índios amigos dele.
A história não é cheia de rodeios
e plots não. Começamos compreendendo que John Russel (Newman) morava com os índios,
quando recebeu a notícia de que herdou uma casa de hospedagem. Pra vender o
terreno, ele tem que partir pra outra cidade e embarca numa viagem de carruagem
com um grupo pequeno de pessoas que tá querendo tentar a vida num lugar menos fim
de mundo e com mais oportunidades. (até lembra vinhas da ira, pensando bem). Os
passageiros são Russel, o cocheiro, o jovem ajudante de cocheiro e sua, também
jovem, mulher mimada, uma mulher mais velha que perdeu o emprego na casa de
hospedagem vendida e um casal mega ryco de origem desconhecida.
Na viagem, e com seus
contratempos, já rola aquele sentimento de estranhamento e mundos diferentes, sendo
Paul Newman o alienígena mor, com conceitos próprios de civilidade, ética e
sensibilidade para com o próximo. Por vezes existe uma exigência para que ele se
adeque ao padrão-homem-branco, algo que se mostra impossível pelas poucas palavras
que ele solta, descobrindo o espectador que não é fácil a vida de índio, muito
menos justa, diante de tipos feito aqueles com quem ele divide um espaço na carruagem.
A mulher que cuidava da
hospedagem serve como contraponto para Newman, uma vez que questiona
praticamente todas as ações dele, pragmáticas, duras e até egoístas. Ela me fez
diminuir minha predileção inconteste por aquele homem, uma vez que não perdeu,
incrivelmente, um senso humano de bondade, que já não se vê nele.
Muitos tempos atrás associava
faroestes a um tipo de filme meio canastrão, aqueles bang-bangs com índios se
ferrando e os caubóis sendo os mocinhos, terras sem lei no meio do nada, algo
sempre muito trash. Assim que vi meu primeiro faroeste deu pra compreender que existe
uma reca de filmes que vai bem além disso e reconta esse pedaço da história americana
com outros olhos, cuidados e intenções. Vivendo e aprendendo.
Título original: Hombre
Diretor: Martin Ritt
Baseado no livro de Elmore Leonard,
Roteiro de Irving Ravetch, Harriet Frank Jr.
Com: Paul Newman, Fredric March, Richard Boone
IMDB diz que é Western/Faroeste. Acrescento road movie.
Quote: “The dead are dead. You ought to
bury them”. “I'm sure that's good advice. Trouble is, Mr. Russell, I think you
feel the same way about the living”.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Projeto Zelig - Aquecimento no CineDureza com Vinhas da Ira
O CineClube mudou temporariamente
de nome para CineDureza. Tamo numa leva de filmes que passam bem longe de deixar
qualquer pessoa que os assiste confortável. Misérias da vida são ruins de viver
e presenciar no dia a dia, e a gente ainda inventa de assisti-las na ficção (que
mais parece realidade), tudo no conforto do sofá, comendo M&M de amendoim.
Vinhas da ira foi o escolhido da vez. Uma espécie de Morte e Vida Severina, só que lá nos Estados Unidos,
décadas e décadas atrás. Uma família de retirantes, não da seca nordestina, mas
bem que podia ser, sai de Oklahoma rumo a uma Califórnia promissora, depois de
ser expulsa das terras arrendadas que viveu por toda a vida. Tem filme que é
assim, que a gente começa na infelicidade com os personagens e vai seguindo
pelas duas longas horas e perdendo as esperanças, junto com eles, até estar
vivendo naquela miséria toda e desesperado pedindo de joelhos por um final
feliz.
E é difícil vir um final desses.
Quase impossível. Porque pra ser realista, mas realista mesmo, a gente sabe que
é tipo a vida Severina de João Cabral de Melo Neto, é escapar de uma morte pra se deparar com outra. Não tem muito pra onde ir. São vidas e mais vidas que se
encontram na miséria e que continuam andando, porque não dá pra desistir. No
trajeto, numas das paradas do meio do caminho, uns coadjuvantes de posto de
gasolina comentam que eles não podem ser seres humanos, porque seres humanos
não viveriam naquelas condições. Mas nem tudo na vida é feito através de
escolhas.
O personagem de Henry Fonda, Tom
Joad, tenta segurar a família nessa empreitada e compreender não só a situação
que estão vivendo, mas como solucionar, como sobreviver àquilo. Fiquei mais
dividida entre a perfeição do seu personagem, da mãe ou do ex-pastor Casy, que
saiu da vida eclesiástica por não saber de todas as respostas e precisar
compreender mais da vida. Várias vezes ele passa uma ideia de um gênio filosófico
e um doidinho que parece não saber o que está fazendo. Talvez sejam duas faces
de uma mesma moeda.
Ando descobrindo que tô
desacostumada com filmes que me surpreendam no desenvolvimento do enredo.
Desses que as tramas fujam do lugar comum e deixem a pessoa numa ansiedade, sem
saber o que vai acontecer, se vai dar tudo certo, tudo errado ou o que diabos é
para se esperar. Não sei se é um sinal de que muitos filmes hoje em dia estão
ficando repetitivos ou se os de antigamente é que sabiam ter algum tipo de
originalidade (ou se é apenas porque estou filtrando bons filmes). Sei que eu
não esperava a evolução desse, muito menos aonde conseguiu chegar. E eu gostei.
Final feliz ou não feliz, eu realmente gostei.
Nome original: The Grapes of Wrath
De 1940
Diretor: John Ford
Baseado no livro de John Steinbeck,
roteiro de Nunnaly Johnson
Com: Henry Fonda, Jane Darwell, John Carradine
IMDB diz que é drama. Eu digo que é depressão, dureza pura.
Quote: “I wouldn't pray just for a old
man that's dead, 'cause he's all right. If I was to pray, I'd pray for folks
that's alive and don't know which way to turn”.
Quote2: “You and me got sense. Them Okies got
no sense and no feeling. They ain't human. Human being wouldn't live the way
they do. Human being couldn't stand to be so miserable”.
Quote3: “Maybe there ain't no sin and there
ain't no virtue, they's just what people does. Some things folks do is nice and
some ain't so nice, and that's all any man's got a right to say”.
Quote4: “I been thinking about us, too, about
our people living like pigs and good rich land layin' fallow. Or maybe one guy
with a million acres and a hundred thousand farmers starvin'. And I been
wonderin' if all our folks got together and yelled...”
Quote5: “Rich fellas come up an' they die, an'
their kids ain't no good an' they die out. But we keep a'comin'. We're the
people that live. They can't wipe us out; they can't lick us. We'll go
on forever, Pa, 'cause we're the people”.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Projeto Zelig - Aquecendo no CineClube ou quando assisti a Ben Hur pela primeira vez
Sempre achei super sem graça um
filme que vejo críticas ou-oito-ou-oitenta a respeito, que é aquele Matadores
de velhinha dos irmãos Coen, com Tom Hanks no elenco. Tentei assistir a ele
todo, mas não consegui (quem sabe ele não aparece mais na frente nessa
empreitada?), vi pedaços e não deu pra mim. Nem sabia que era uma refilmagem de
um britânico, até ter sido apresentada nesse CineClube que acabamos criando e
entrando, meu tio e eu. A versão original, chamada de Quinteto da Morte, é bem divertida e parece fazer bem
mais sentido a ambientação e toda a ingleszice da coisa. O humor negro, a história mais
arrumadinha de um grupo de ladrões que usam desavisadamente uma senhôra correta
para roubar um banco, fingindo que não passam de um quinteto musical. Até o
humor que poderia ser pastelão ao extremo em qualquer outro filme americano
funciona bem aqui, pelo menos para o meu tipo de risada. Mas é leso, que nem
eu. Comédia não é pra todo mundo, isso é uma certeza cada vez maior que tenho a
cada dia.
Nome original: The Ladykillers
De 1955
IMDB diz que é comédia/crime. Eu digo que é uma comédia simples britânica.
Com: Alec Guiness, Peter Sellers, Herbert Lom
Diretor: Alexander Mackendrick
Roteiro: Wiliam Rose
Nome original: The Ladykillers
De 1955
IMDB diz que é comédia/crime. Eu digo que é uma comédia simples britânica.
Com: Alec Guiness, Peter Sellers, Herbert Lom
Diretor: Alexander Mackendrick
Roteiro: Wiliam Rose
Ao falar em filmes britânicos que
não precisavam ser refilmados, acabamos embarcando pra um que eu já tinha
assistido antes, mas meu tio só teve acesso à vergonhosa e catastrófica versão
americana: Morte no Funeral. Novamente eu vejo aquele padrão de humor inglês
que faz de uma situação banal algo hilário, ao misturar uma boa dose de humor
negro e situações estapafúrdias que conseguem dar completamente certo nele. Eu
me lembro de ter rido horrores quando assisti da primeira vez, e ri novamente
ao rever, especialmente porque é um basicão sem excessos. Por mais
que possa não parecer compreensível para muitos, meu tio comentou comigo algo que compartilho,
situações péssimas, tipo um funeral, por vezes carregam em si um ar de
comicidade natural. É como se a linha entre o choro e o riso fosse tão tênue
que é possível enxergar o humor até quando enterramos um ente querido. Talvez
eu esteja reinando no politicamente incorreto dizendo isso, mas nem só de
lágrimas foram marcados os enterros que já fui. Enfim, foi nesse filme que
primeiro fui apresentada a Peter Dinklage, totals popular hoje em dia em Game
of Thrones, então posso dar uma de hipster e dizer que já conhecia Tyrion
before he was mainstream, haha.
Com: Peter Dinklage, Mathew Macfadyen, Alan Tudyk
Diretor: Frank Oz
Roteiro: Dean Craig
IMDB coloca como comédia. Eu, como comédia-britânica com altas doses de humor negro
Quote: "Would you like a cup of tea, Sandra?" "Tea can do many things, Jane, but it can't bring back the dead.
E eis que na chegada de um novo
membro ao cineclube, estreio meu primeiro grande clássico não visto, Ben-Hur.
Eu não sei se a gente assistiu com a propriedade devida, mas eu não rejeitaria
essa assistida nunca na minha vida. Começamos o filme já encharcados nas
blasfêmias e nos adentrando no politico-religiosamente incorreto. Eu não sabia
de jeito algum da história do filme e mal sei a parte bíblica da coisa. Entendi
que era uma espécie de A Vida de Brian, de Monty Python, em que o personagem
principal era conterrâneo de Jesus e as histórias se passavam paralelamente,
com direito a algumas interações. Só que Ben-Hur não é humor, mas épico, né? Não
ser humor é relativo, porque quando estão num mesmo cômodo três hereges, é
inevitável não cair no frouxo de risos. E caímos bastante. Achei um bom filme,
com suas quase-quatro longas horas de exibição (com direito a intervalo pra o
xixi e refil de pipoca) e que espanta pela grandiosidade do feito tanto tempo
atrás. Rola umas cenas de maquete (de piscina, disse meu irmão) no alto mar,
umas religiosidades que se intensificam mais pro fim, as quais eu dispensaria,
mas A cena da corrida de bigas é de maravilhar uma pessoa. Toda ela. Toda a
história de Ben-Hur que faz a gente chegar àquele momento, na verdade, é muito
boa. É um bom filme de vingança/volta por cima. Dei valor. Dei valor também pra o alto grau de homossexualidade que existe
do começo ao fim do filme. Meu tio disse que as pessoas a tem como velada, mas
pra mim aquilo é escancarado, viu? Num deu 5 minutos de filme e eu perguntei se
era um romance gay. Bem, é isso, um a menos para a minha lista de pendências. Um
a mais para o meu-eu mais sabido.
Informações extras:
Nome original é Ben Hur
De 1959
IMDB diz que é aventura/drama. Eu digo: épico bíblico gay com uma boa trama de vingança.
Com: Charlton Heston, Jack Hawkins
Diretor: William Wyler
Baseado num livro de Lew Wallace, Roteiro de Karl Tunberg.
Quote: "There's this wild man in the desert named John who drowns people in water".
Informações extras:
Nome original é Ben Hur
De 1959
IMDB diz que é aventura/drama. Eu digo: épico bíblico gay com uma boa trama de vingança.
Com: Charlton Heston, Jack Hawkins
Diretor: William Wyler
Baseado num livro de Lew Wallace, Roteiro de Karl Tunberg.
Quote: "There's this wild man in the desert named John who drowns people in water".
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